A nostalgia é uma coisa muito engraçada, ela nos leva ao encontro do que foi, do que é e do que poderia ser... E nesse mundo de ocorridos, atualidades e possibilidades nós nos perdemos absortos... Ainda me pergunto da vida e seus caminhos e peças, e cada vez mais ele se descreve para mim mais complicada do que eu achava que antes ela era. Fico preso ao fluxo do tempo e eventos sem podê-los alterar, apenas pensando: em que cruzamentos as vidas se juntam e se separam? A única conclusão à que cheguei foi menos detalhada e ilusória do que pretendia: estamos todos fadados à inércia da vida, bem como à suas perdas e extravios...
O ser humano é complexo demais para tentar ser entendido, então disso eu já desisti a muito, mas as situações as quais todos estamos sujeitos ainda são passíveis de terem seu estudo uma tentativa de estudo, ainda que tenhamos inerentemente que entrar no fator humano da situação. Mas uma coisa perceptível é que as pessoas têm uma predisposição ao desapego e principalmente à adaptação, principalmente quando as condições não são adversas e/ou danosas em sua totalidade... Fazemos escolhas e pronto, a vida toda se adapta ao que está decidido, os outros são um fator ignorado, formando assim um sistema orbital em que todos os outros seguem o movimento do astro central, até que colidam e deixem de existir no sistema... Mas como o ser humano é complexo, todos são astros centrais, então temos uma infinidade de sistemas sendo destruídos e criados ao mesmo tempo.
E o tempo continua a passar irrestrito e nós a ficarmos sozinhos...
... admirando os restos que sobram |